31 de ago. de 2013

Alimentação Viva: ouça o chamado da vida!

Os benefícios das sementes germinadas, dos brotos e dos vegetais crus, frescos ou fermentados já são conhecidos desde Hipócrates, o Pai da Medicina.

Brotos de girassol (para aprender a fazer, clique na imagem)
Todavia, os primeiros estudos organizados sobre Alimentação Viva são da década de 80,  Estados Unidos, Califórnia, Nesse período, a Dr.ª Ann Wigmore, autora de diversos livros sobre o assunto, construiu o que vem a se constituir, Hoje, “num movimento ecológico baseado no “Estilo de Vida da Alimentação Viva”.

Já falamos aqui sobre a Alimentação Viva como um estilo de viver que acompanha os ritmos ecológicos. Agora, questionamos:

Qual a finalidade da alimentação viva?

Arriscamos dizer que a finalidade da Alimentação Viva é acordar nossos sentidos! Em todos os sentidos...

Somos diariamente silenciados pelos sintomas da vida urbano-tecnológica-industrializada. Não temos instintos corporais, nem sensibilidade intuitiva. Não nos conhecemos internamente, muito menos fazemos ideia do nosso potencial.

Ao perder o dom auto-suficiência, não somos mais responsáveis por nossas vidas. Somos seres da dependência de conforto, de consumo, de posse afetiva, de praticidade, de desejos insatisfeitos e de objetos (muitos objetos). Essa dependência gera, cada vez mais, desequilíbrios, os quais começam dentro de nós mesmos...

A Alimentação Viva re-orienta para uma tomada de consciência sobre a capacidade que cada um possui para cuidar de si próprio. Ela mostra que, a partir da organização dos nossos ecossistemas internos, podemos retomar nosso equilíbrio:

sentir mais alegria na simplicidade, mais leveza no corpo,
mais vontade de viver com a paz dentro de nós!

Como isso acontece???

Equilíbrio Ácido-Alcalino

Somos seres alcalinos por natureza! Nosso corpo nasce enriquecido por lindas florestas intestinais.

As florestas presentes no intestino de um bebê, por exemplo, são compostas por uma flora bacteriana muito sensível, cuja presença é apenas registrada ambientes saudáveis e, portanto, alcalinos.

Este equilíbrio que nasce conosco é semelhante àquele encontrado na composição do solo organizado de uma floresta na plenitude da sua biodiversidade.

Ambiente alcalino
O fato de sermos feitos à imagem e semelhança das nossas paisagens... confirma que somos regidos pelos mesmos princípios na Grande Teia da Vida.

Desvirtuamos do equilíbrio alcalino devido à adoção de certos hábitos e estilos de vida.

Afinal, crescer nos padrões da civilidade contemporânea nos integra de pensamentos, sensações e relações que compõem um estilo de vida ácido:

competitividade, ansiedade, solidão, medo, agressividade, superficialidade nas relações afetivas... 

Não bastasse, nosso corpo distrai-se do equilíbrio original para seguir o fluxo da acidez, apropriando-se dessa outra forma de viver... ingerindo alimentos cozidos, conservados, aromatizados artificialmente e, portanto, acidificados. 

Um corpo torna-se cada vez mais ácido quando ingere alimentos ácidos, sendo capaz de reações doentias a expressar intensa exaustão provocada pela ingestão desses alimentos (considerados como organismos estranhos).

Exemplo: embora a mente reconheça como alimento uma simples bala, o sistema interno nega e dificulta o trabalho dos órgãos de eliminação que esgotam o máximo das suas forças para criar sintomas de intoxicação.

O corpo ácido é muito semelhante a um solo ácido, um terreno argiloso, infestado por formigueiros e cupinzeiros... onde não cresce vida!
Ambiente ácido!

Alimentos Alcalinos

Desconectados da nossa sabedoria original... esquecemos que Humanos vivem e se adaptam há mais de 200 mil anos neste planeta vivo e dinâmico.

Com base na interdependência entre todos os seres vivos, a Mãe-Natureza oferece uma diversidade de alimentos alcalinos, co-responsáveis pela consolidação do grande espetáculo que ocorre, diariamente, dentro do nosso ambiente corporal: a força da vida!

Alimentos alcalinos são os alimentos vivos! Frutos, folhas, sementes e raízes,  vegetais crus in natura, desidratados ou fermentados, não processados por cozimento ou resfriamento! 

Alcalizamos cada vez mais nosso corpo quando consumimos alimentos vivos, vegetais no processo mais puro da sua utilização, ou seja, na forma como são ofertados pela natureza.

Desse modo, o consumo de vegetais crus cria em nós um processo de identidade capaz de acordar nossa estrutura, originalmente alcalina. Na medida em que estes vegetais são ingeridos, o organismo se alimenta e, ao mesmo tempo, se desintoxica: pedindo mais alimentos vivos!!!

Biodiversidade intestinal

Convém mencionar que possuir florestas intestinais significa ter uma biodiversidade corporal riquíssima! São mais de 100 trilhões de microorganismos vivos para garantir o equilíbrio interno do ecossistema corpo...

100.000.0000.0000

Temos mais microorganismos do que células (com uma estimativa de cada 3 para 1 célula). Estima-se que uma pessoa saudável possui a diversidade mínima de 10.000 espécies destes microorganismos dentro de si.

Ao regenerar-nos internamente, o consumo de alimentos alcalinos gera intenso estado de alegria provocado pela produção de serotonina nos nossos intestinos. 

Com isso, finalmente, vivenciamos a beleza da serenidade, um tanto subestimada nos dias atuais, e re-aprendemos a viver com saúde.

Qual a razão desta explicação toda?

Quanto mais viva for a sua alimentação (e, portanto, mais alcalina), mais bactérias benéficas à sua saúde corporal estarão presentes.

Quanto mais ácida sua alimentação, mais bactérias nocivas a ponto de tornar seu corpo um sistema enfraquecido e suscetível a toda sorte de doenças possíveis.

Tomar consciência do equilíbrio que permeia a vida entre o ácido e o alcalino... inicia para nós uma nova caminhada onde aprenderemos a nos adaptar e escolher o que, de fato, é melhor para nossa vida! 
Panelas de Capim
Plantando quiabo na horta!
Sintonizamos, assim, com nossos padrões de organização original, re-conectando com a forma mais coerente e autêntica da existência: simplicidade.  

Quanto mais equilibrados estivermos internamente, 
mais vamos buscar coerência com
as criatividades ofertadas pela matriz da vida


Isso significa que passamos a selecionar em ambientes e hábitos de vida sintonizados com esta realidade alcalina! Um corpo alcalino, internamente organizado, vai te exigir hábitos de vida saudáveis e, portanto, coerentes com o equilíbrio que mora do lado de fora da sua pele. 

Desse modo, alcalinizamos ainda mais com a práticas saudáveis. Realizar mais atividades físicas e artísticas; libertar nossa criatividade; ampliar o contato com a natureza, especialmente através da jardinagem e sistemas agroflorestais...

Desse modo, a Alimentação Viva consiste em uma afirmação de escolhas diárias, com fundamento no equilíbrio dinâmico e sensação de pertencimento às relações conectadas na grande Teia da Vida: 

vida, corpo, alimento, ambiente, crescimento, relações, interações, transformações!

Contribui, também, para a redução de:

-custos com alimentação e energia elétrica;
-quantidade de lixo produzida pelo consumo de alimentos quimicamente industrializados e embalados; 
-necessidade do uso de medicação e eliminação desses resíduos tóxicos na natureza.

24 de ago. de 2013

Fazendo farinha com sementes germinadas

Vamos fazer farinha de sementes?

Antes é necessário re-lembrar que... alimentos vivos são vegetais que possuem campos de energia organizados. Nos alimentamos desses vegetais para absorver e armazenar esta vitalidade em nossos próprios campos de energia. Para isso, devem ser consumidos ainda crus, pois tanto o fogo como o resfriamento destroem este campo de energia e eliminam sua vitalidade.

A desidratação não destrói os campos de energia, mas enfraquece um bocado!!! Mas, verdade seja dita: qual o brasileiro que não gosta de comer farofa? Ainda não conheci, rs.

Farinha de grão de bico germinado

Só para esclarecer... essas farinhas de sementes, assim como a farinha de mandioca desidratada, podem ser nossos curingas da cruzinha. 

Podemos armazená-las por até 1 mês. Por isso, é sempre bom fazer um pouco a mais e deixar em um vidro com tampa. Assim, você vai criando suas comidas e incrementando de vez em quando...



Como fazer sua comida no sol?

https://www.panelasdecapim.com.br/apostilasvivas




A culinária das farinhas vivas

Fazemos farinhas com sementes germinadas apenas para variar nossa vasta composição culinária. Não é para virar moda e comer todo dia. Afinal, não tem graça nenhuma se alimentar de campos de energia enfraquecidos, ok?

A idéia de fazer farinha com sementes é que você pode criar farofas gostosonas (misturando temperos, ervas, azeite extra-virgem; massas (quando processados com inhame cru batido no liquidificador, por exemplo)...

O legal é pegar intimidade com os vegetais, o resto vai surgindo com o tempo... Crie a sua própria receita e experimente só!

Para fazer farinhas com raízes, visite o link: A festa das farinhas coloridas

Inté!

Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos

16 de ago. de 2013

Dicas de compostagem urbana

Se você não tem terra para plantar... brotos, ervas aromáticas, pimentas, tomatinhos, folhas para o suco de clorofila.

Saiba que o legal mesmo é poder fazer terra em casa!
A compostagem é um processo de digestão em que a terra pode ficar pronta em 6 meses! 
A compostagem é uma tecnologia que busca semelhança com o processo natural de decomposição ocorrido nas florestas. Com o tempo necessário e a constante sobreposição das folhas secas, o material orgânico que já cumpriu sua função na natureza volta a ser terra.

O mais interessante é que você vai completar seus próprios ciclos domésticos, produzindo suas sementes germinadas, seus brotos, desenvolvendo sua culinária com vitalidade e, por fim, seus resíduos produzirão terra para fazer novos brotos. Com isso, criamos em nós a percepção sistêmica de que fazemos parte da grande roda da vida, onde os ciclos se movem... para desfazer o pensamento linear que está embutido em nossas ações do dia-a-dia: COMPRAS-GELADEIRA-COZIMENTO-LIXO.

ATENÇÃO: Estas compostagens são para resíduos vegetais da cruzinha, ou seja, cascas e sobras de vegetais crus. Não vale a pena colocar outras coisas, pois desorganiza o sistema, ok? A natureza só gosta de comida crua.

Há alguns processos diferentes de compostagem das sobras alimentares...

1.Compostagem Aberta

Esta é uma compostagem para quem tem bastante espaço. Pode ser uma varanda grande ou um quintal urbano, com terra ou cimentado, não importa.

É fundamental que você encontre uma fonte de palhas secas, pois terá que tê-las sempre às mãos. Pode ser a grama cortada de um vizinho, de um condomínio ou de um clube. Você descobrirá! As palhas secas, além de proteger o composto, evitam mau cheiro.

Para criar este sistema de compostagem são necessárias três armações diferentes, nas quais serão colocadas as sobras de resíduos da cruzinha viva. São possíveis baldes grandes de plástico, galões de 50 litros ou vasos de plantas ou o que mais você encontrar oportunamente, depende da sua realidade.

Quem está no campo, pode organizar baias de compostagem com tijolos de barro, madeiras, pallets...

É importante que o material fique protegido por telhado para proteção da chuva, sob pena de encharcar o composto.

Qual a finalidade de serem três armações?
A dinâmica é a seguinte: enquanto uma armação recebe o composto, a segunda descansa, a terceira já descansou, assim sucessivamente. As funções das armações trocam conforme o tempo da decomposição e o uso do material compostado.

Exemplo de compostagem urbana na Varanda

Terra ficando pronta: 4 meses...
 Atenção: para quem não tem um quintal com terra, lembre-se que a compostagem solta um líquido percolado chamado chorume. Por isso, é bom ter uma proteção por baixo que funcione como um suporte. Serve aquele prato que coloca em baixo dos vasos de planta. Encha-o com terra!

Em qualquer das ocasiões, urbana ou rural, lembre-se de ter sempre folhas à mão para jogar por cima.

Procedimentos básicos da compostagem doméstica:
·       Camada de folhas verdes;
·       Camada de folhas secas;
·       Sobras de material da Cruzinha;
·       Camada de folhas secas;
·       E assim sucessivamente...

Na minha experiência pessoal, não há cálculo matemático para dizer em quanto tempo a terra fica pronta. Quer saber? Tudo depende. Depende de como é o ecossistema da sua casa. Na cidade, minha compostagem já demorou 6 meses. Na roça, demora de 3 a 4 meses. Então, depende da umidade do lugar e do nível de organização dos microorganismos vivos que moram nele... Aceite e aguarde que ela vem!!! Se quiser acelerar o tempo, revolva o composto. 

A dinâmica é a seguinte: enquanto uma armação recebe o composto, a segunda descansa, a terceira já descansou, assim sucessivamente.

Na minha experiência pessoal, não há cálculo matemático para dizer em quanto tempo a terra fica pronta. Quer saber? Tudo depende. Depende de como é o ecossistema da sua casa. Na cidade, minha compostagem já demorou 6 meses. Na roça, demora de 3 a 4 meses. Então, depende da umidade do lugar e do nível de organização dos microorganismos vivos que moram nele... Aceite e aguarde que ela vem!!! Se quiser acelerar o tempo, revolva o composto.

Pode ser realizada no quintal, com três armações de pallets, com três galões de 50 litros ou o que mais você encontrar oportunamente. O material deve ficar sob telhado para proteção da chuva, sob pena de encharcar o composto.

2.Boca da Terra

Esta é uma compostagem para quem não tem espaço, mas tem terra, ainda que seja pouca. Pode ser um canteirinho no canto do quintal ou alguns vasos de planta espalhados pela varanda ou dentro de casa.

Compostagem dentro do vaso de plantas: berçário feliz! Chuchu, abóbora, melão, palmas, batata doce e mudas de manga e limão galego.
A vantagem é que por ser uma compostagem fechada não causa odores, nem atrai a bicharada... Aliás, ninguém nem adivinha que ali dentro tem uma compostagem. É uma discrição sem tamanho!

Consiga latas com tampa. As latas podem ser grandes ou pequenas, depende da sua realidade. Se for uma lata de tinta, a tampa pode ser uma lajota. Todavia, seu fundo deve ser aberto para haver contato com a terra, a qual vai organicamente compostando o material oferecido.

Abra o fundo da lata com um abridor de latas. Coloque o fundo aberto da lata em contato com a terra. 

Adicione as sobras da cruzinha e tampe. 

 É necessário tampar sempre após colocar os resíduos.

 Com o passar do tempo, vá adicionando novos resíduos domésticos até não caber mais. Quando isso acontecer, deixe descansar com a tampa fechada. Não precisa colocar folhas secas. É só esperar que a Boca da Terra come e faz a digestão, rs.

Aqui, ao invés de colher a terra... você alimentará o vaso. Não sobra nada para contar história.

As plantas vão amar!!!!

3. Compostagem em Canteiros 

Este é um sistema inteligente de compostagem em tempo real onde há criação de terra on line.


Ao invés de organizar a compostagem em recipientes, aqui você cria um novo canteiro, a partir da disposição de material compostável. Na compostagem em canteiros, acumulamos toda a energia de maneira direta no espaço que pretendemos alimentar e enriquecer com matéria orgânica viva. Você poderá usar como base um vaso de plantas ou um caixote de feira... 


Vá fazendo a sobreposição de camadas com resíduos domésticos e folhas secas.
O princípio é o mesmo da compostagem aberta: serão colocadas camadas sucessivas de resíduos e folhas secas... até terminar a pilha com o material de folhas secas. Portanto, lembre-se de tê-las sempre às mãos para jogar por cima.

Procedimentos básicos da compostagem doméstica:
·       Camada de folhas verdes;
·       Camada de folhas secas;
·       Sobras de material da Cruzinha;
·       Camada de folhas secas;
·       E assim sucessivamente...

Ao encher todo o recipiente inicia o período de descanso. Aguarde que ela vai virar terra no lugar certo! 
Quando a compostagem estiver pronta, você verá que já criou um canteiro!  Funciona que é uma beleza!

O interessante é que os resíduos domésticos estão cheios de informações. Então, é bem possível que você veja nascendo espontâneos tomates, abóboras, maracujás, mamão...

Boas Terras para vocês!

com carinho,
Aline Chaves e as Panelas de Capim

10 de ago. de 2013

3 de ago. de 2013

A arte de colher sol...

Na verdade, precisamos ter mais cultura para compreender a agricultura. E esta cultura não é referente ao acúmulo de conhecimentos...

Precisamos da cultura do convívio com tudo aquilo que, de fato, é real!

A experiência de viver o estilo de vida com a Alimentação Viva me fez transcender a necessidade de consumir alimentos. Mais que ter acesso aos vegetais comestíveis... decidi conhecer os ciclos alimentares e conviver com as forças da natureza. 



Quando aprendi a plantar minha própria comida, um novo mundo se abriu para mim!!!!!!!!!!

Com o passar dos anos, fui observando a mudança nos meus hábitos, nos meus sentidos, nas minhas aspirações pessoais. Foi a partir daí que percebi o chamado do meu coração: escolhi ser agricultora! (isso é uma grande revolução para uma pessoa que trocou a caneta pela enxada e o facão... afinal de contas, me formei em Direito e fiz meu registro de identidade profissional na Ordem dos Advogados do Brasil, rs).

Hoje, a civilização urbano industrial desenvolve uma cultura onde seres humanos se relacionam quase que exclusivamente com outros humanos e com as tecnologias criadas por eles próprios. Ainda precisamos daquilo que não foi criado por nós e não faz parte de nós. É uma fatalidade, considerada nossa ancestralidade ter sido criada na riqueza da vida simples e interação com as formas da natureza, como expressão de viver.

De fato, existe um mistério a ser revelado na prática da agricultura. Há milhares de anos, camponeses trabalham como parte da natureza. Identificam espécies, compreendem suas funções no sistema, observam as relações entre os animais e os vegetais, preservam a sabedoria ancestral sobre a medicina das plantas, compreendem os sinais do tempo e organizam a vida a partir das mudanças nas estações. Convivem com a diversidade e aprendem a saboreá-la em sua mesa.

Há um provérbio chinês que fala sobre agricultura como a arte de colher sol. E eu acho isso o máximo!!! Sem ele não haveriam as cores...

Agricultores são seres privilegiados pela sabedoria na arte de colher o sol...

As plantas transformam a energia que chega do sol em matéria orgânica, através da fotossíntese, gerando energia para todos os seres vivos. Todo vegetal otimiza a transformação da energia do sol em vida e diversidade em capacidade de aproveitamento energético.

Sendo assim, colher uma fruta é colher o sol. Comer uma fruta... é saborear a luz em seu estado sólido!



A principal razão de ser da agricultura é a vida, não apenas os alimentos. Os espaços rurais são mais do que produtores de alimentos, são lugares para as famílias, integrados às comunidades, sua cultura, suas histórias e relacionamentos.

Pessoas do campo são pessoas com história para contar Refletem e reajustam suas estratégias para lidar com a incerteza e a instabilidade, se adaptam. Convivem com ambientes e trabalham com a capacidade de observar mudanças, ampliar a diversificação e sentir o contato direto com a natureza.



Agricultura familiar é um estilo de vida, uma forma de estar na terra, de conviver e se relacionar com a natureza, movimentar o corpo, estar atento aos ciclos do tempo, manter o compromisso de promover a vida em toda a parte. 



É envolver toda a família e conviver com os companheiros das outras famílias.

Melina, Aline e Victor plantando alho e beterraba
Como já dizia Paulo Freire: “o diálogo, a leitura do mundo e a reflexão sobre a vida são os caminhos para a liberdade”.


Atualmente, é mais comum os alimentos serem fabricados. Empreendedores comerciais transformaram a cultura e o trabalho humano da roça em produtos químicos e maquinários de suporte para agroindústria. Esta maquinação se estendeu à diversos fatores da vida!

Hoje, nossa maior função é ampliar a busca para renovação de contato com o mundo sensorial!

Desbravar quem somos nós! Re-descobrir tudo aquilo que nos fortalece, ao invés de enfraquecer.

Sem o ar das florestas, nem a magia das cores, a gravidez da terra fértil e a força dos cursos d´água, "não conseguiremos nos afastar das nossas tecnologias para podermos avaliar suas limitações." 
(Ângela Hilmi)

Quando soubermos, re-inventaremos, assim, uma nova história!

com carinho,

Aline Chaves
Pequisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos

Para quem tem interesse de se aprofundar no tema: 


Transição na Cultura Agrícola. Uma lógica distinta. Angela Hilmi. Aksel Narestad Editor. Editora The More and Better Network.

Alimentação Viva: um outro estilo de viver

Afinal, o que é Alimentação Viva para você?  Para nós, não se trata de um hábito alimentar, muito menos de uma dieta. A Alimentação...

Jovens postagens

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

A Vida vem da Vida!

Com carinho,

Aline Chaves
A moça que planta nas panelas

Licença Creative Commons
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Baseado no trabalho disponível em http://panelasdecapim.blogspot.com.
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