25 de abr. de 2013

Maravilhoso Mundo das Flores Comestíveis

“O Amém da Natureza é sempre uma Flor.” Oliver Holmes (1809-94)

Quer ver uma expressão de gratidão? Visite um jardim. 

Todo Jardim é uma Casa de Aromas e Cores. Uma casa com teto de céu e chão de terra que liga o reino das estrelas com o reino das raízes.
Girassol
O jardim é o local adequado para lidar com:
 as respostas da terra, ao ser tocada pelo fenômeno do Cuidado; e 
as respostas do corpo, ao fenômeno do Cuidar e Querer Bem.

É uma via de mão dupla... Você cuida do Jardim e ele cuida de você. 


Prepara canteiro, alimenta-o com palhas e folhas secas, plantas, água e espera. Quem faz isso tudo observa que a vida é dinâmica! 

Albina

Nenhum esforço é produzido sem merecimento e vice-versa. Aliás, você sempre acaba recebendo mais do que dá:
  • Senso de organização (orientação dos canteiros); 
  • Exercícios aeróbicos (preparar canteiros, colher composto, palhas e folhas secas); 
  • Disciplina (ritmo de observação e cuidado diários); 
  • Alongamento (fazer limpeza e colocar matéria orgânica nos canteiros); 
  • Meditação ativa (irrigação diária); 
  • Estado de atenção (observa se há necessidade de poda, se tem sombra demais ou de menos, se há plantas espontâneas que não foram convidadas para fazer parte do jardim); 
  • Ervas medicinais, flores e temperos diversos; 
  • Folhas para o suco de clorofila; 
  • Visita de abelhas, borboletas e beija-flores.
Bonito mesmo é o gesto de agradecimento do Jardim!
Ele te manda flores... Então, você olha para a flor, pesquisa, identifica, colhe e come. 

Flor de trevo

COME? Como assim come flores? rs


Flores de Maria Sem-Vergonha na ricota de amendoim
Flor da Vinagreira




Flores de Cosmos na farofa de cenoura
com gergelim germinado
Patas de Vaca

Os Jardins comestíveis


Jardins Comestíveis são resultado da nossa pesquisa com flores, ervas e demais plantas que podem ser consumidas do modo como oferecidas pela natureza.

Assim, ampliamos os nossos SABERES sobre a diversidade vegetal e alargamos a lista de SABORES na nossa mesa farta.

No centro, flor de Girassol

Sabores e saberes são palavras que possuem o mesmo radical e indicam que: 

QUANTO MAIS DIVERSIDADE EU COMO, 
MAIS INTELIGENTE EU FICO!!!!

ATENÇÃO: Todas as fotos desta postagem contém flores comestíveis... 

Abóbora

Ipê Amarelo florido na Primavera
Chá de sol: flores de Ipê com Beterraba


Flores de pacová, também conhecido como falso cardamomo

Chá de sereno: flores de falso cardamomo com amora


Flor do alface do brejo



Flor do saião


Cravo

Flor da falsa serralha

Malvavisco

ALGUMAS FLORES COMESTÍVEIS:


Pesquisa de Gil Felippe organizada por Maria Luiza Branco idealizadora do Terrapia-ENSP/Fiocruz
ABÓBORA
Curcubita pepo Duchesne
AGUAPÉ
Eichhornia crassipes
AMOR PERFEITO colorido
Viola tricolor L.
ARAÇÁ
Psidium
ALMEIRÃO 
Cichorium intybus
ANETO ou ENDRO
Anethum graveolens
AZEDINHA ou TREVO
Oxalis acetosella L.
BEGÔNIA
Begônia feastii
CAMOMILA
Matricaria chamomilla L./ C. recutita L
CAPUCHINHA (ou Chaguinha)
Tropaeolum majus L.
CARAMBOLA
Averrhoa carambola
CEBOLINHA
Allium fistulosum e A.schoenoprasum
CHICORIA
Chicorium intybus
CRAVO e CRAVINA
Dianthus cayophyllus L.,D.chinensis L.
CRAVO de DEFUNTO ou DA-ÍNDIA
Tagetes erecta L. e T. patula alta p.l.
DENTE DE LEÃO
Taraxacum officinale
FUNCHO
Foeniculum vulgare
GERÂNIOS
Pelargonium Capitatum
GIRASSOL
Helianthus annuus
HIBISCUS
Hibiscus sabdariffa L.
IPÊ-ROSA
Tabebuia heptapyla
IPÊ-ROXO
Tabebuia impetiginosa
LARANJEIRA
Citrus sinensis
LAVANDA
Lavandula angustifolia
LÍRIO de SÃO JOSÉ (amarelo e vermelho)
Hemerocallis flava L.
LIRIO do BREJO
Hedychium coronarium
MÃO DE DEUS ou MARIA GOMES
Portulaca mucronata
MARACUJÁ
Passiflora alata
MARGARIDA
Bellis perennis L.
MARIA SEM-VERGONHA
Impatiens balsamina L.
MOSTARDA
Brassica nigra L.
MURTA
Myrtus communis
PATA DE VACA cor de rosa
Bauhinia purpúrea
PETÚNIA ou ‘TOBACCO’(Tupi-Guarani)
Petunia hybrida.
ROSAS
Rosa spp
SALVIA
Salvia splendens
SAPATINHO DE JUDIA
Thumbergia mysoriensis
VIOLETA verdadeira (folha é lisa; não é a africana da floricultura)
Viola odorata

Para saber mais, encontre o livro: 

Gil Felippe. Entre o Jardim e a Horta. As flores que vão para a mesa. SENAC. São Paulo, 2003.

20 de abr. de 2013

Guia para germinação de sementes comestíveis


Vamos germinar?

Você só precisará de:
  • pequeno espaço na bancada da sua cozinha;
  • sementes comestíveis;
  • um vidro;
  • um quadradinho de filó; e 
  • um elástico.


Agora, vamos saber: O QUE GERMINAR?

Cada semente possui sua própria sabedoria para germinar... O processo de germinação de sementes é um aprendizado contínuo e exige de nós uma certa dose de observação e sensibilidade com a vida que mora dentro delas.

Com o tempo, aprendemos que há diversos tipos de sementes, cada qual com seu processo específico de germinação.

Sementes de lentilha germinada no ar e aveia em grão germinando na água
Não bastasse a singularidade nos processos de germinação, há também a diversidade.

Há uma média de 40 tipos diferentes de sementes comestíveis adequadas para a germinação. Em princípio, a finalidade desta postagem é que você não saia por ai germinando qualquer coisa de qualquer jeito!

QUAIS SÃO AS SEMENTES COMESTÍVEIS?????


Posso germinar Feijão? 


Nunca. Com exceção do feijão azuki e do feijão moyashi, todos os demais feijões são altamente tóxicos.


Posso germinar Soja? 


Soja também é tóxica. Nem pensar!!! A sabedoria oriental diz que a soja só é comestível se for fermentada. Por isso, descobriram a melhor maneira de comer a soja: fazendo shoyu e missô.


NUNCA germinem sementes de abóbora... 


Elas têm vermífugo e quando este componente bioquímico é potencializado pelo processo da germinação pode ser prejudicial à saúde. Na dúvida, não experimente!

Há 3 processos diferentes para germinação de sementes!

Para conhecer as sementes que germinamos, visitem os links:

SEMENTES GERMINADAS

GERMINAÇÃO NO AR
Grão-de-bico germinado

GERMINAÇÃO NA ÁGUA
Girassol sem casca germinado

Gramas de trigo: plantadas em terra de quintal


 BROTOS no ar

Brotos de alfafa no ar

Eu posso guardar as sementes na geladeira?

Não! O ritmo é germinar e comer, germinar e comer...

GERMINAR e COMER

É a comida do aqui e a agora! 
Não se guardam, nem se estocam alimentos.

 Vivemos na abundância do presente.
Com um pouco planejamento e estado de atenção, a germinação te coloca no caminho do aprendizado pela prática.

Agora, vamos atrás das sementes, pois é preciso ter o que germinar todos os dias!

ACESSE OS LINKS, aprenda e transforme sua cozinha em uma horta:


com carinho,

Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos


Apostila de Alimentação Viva para iniciantes:

Clique na imagem e confira!

Quer mais? 
Então, cadastre-se para participar das nossas atividades!
 http://form.jotformz.com/form/50863841502655 

13 de abr. de 2013

Identificação de algumas folhas espontâneas comestíveis - Pancs

Espontaneidade! Esta é a característica comum às “plantas comestíveis não cultivadas e selvagens.”

Nasceram porque quiseram, onde quiseram e no momento que entenderam adequado! Só por isso, rs.

No detalhe: os espinhos

Ora-Pro-Nobis
As plantas espontâneas se dividem em dois grupos: plantas domésticas não cultivadas e plantas selvagens.

Plantas domésticas não cultivadas normalmente surgem espontâneas por conta de alguma semente (ou tubérculo, bulbo...) que ficou guardada em algum canto de terra. Quando protegida, ela toma chuva e espera a hora certa de chegar, espontaneamente.  Exemplos: cará, chuchu de vento, cará-moela, abóbora, batata doce, cana-de-açúcar, chuchu.

Plantas selvagens são aquelas orientadas pela expressão do solo em determinada fase da sua regeneração espontânea. São as responsáveis pelo enriquecimento do solo degradado. Além de doarem todos os sais minerais de que ele necessita, devolvem-lhe o material orgânico que lhe fora tomado. A finalidade é que o ecossistema retorne ao equilíbrio original. Portanto, se havia floresta, a floresta voltará: esta é a dinâmica da vida! Exemplos: trapoeraba, tiririca, Maria Gomes, caruru do mato, João Gomes, azedinha, quebra-pedra, picão preto, capiçoba, centelha asiática, trevo, língua de vaca, ora-pro-nobis, embaúba...

Normalmente, estas plantas não cultivadas e selvagens são classificadas como Plantas Alimentícias Não Convencionais-PANCs, tendo em vista que sumiram da culinária brasileira já faz tempo!

Para aprender a fazer um modelo simples de Horta Selvagem no campo ou na cidade, visitem nossa postagem: HORTAS SELVAGENS, clique aqui.

Alimentação Viva Suco de clorofila Panelas de Capim
Com Amor: trevos

Trapoerabas verdes
Rami
Caruru do mato
Urtiga mansa
Qual a diferença entre a verdura fresquinha cultivada na horta e a planta espontânea?

Reflita sobre o solo domesticado. Na produção de alimentos, limpa-se o terreno para cultivar aquilo o que VOCÊ quer, de modo a desorganizar colônias de microorganismos vivos, que demoram um tempo para se recuperar desta agressão. Isso significa dizer que o solo com plantas domesticadas possui menos força vital que um solo selvagem, por exemplo.

Por este ângulo, plantas selvagens estão carregadas de energia vital! São nativas em determinada região ou localidade com solo organizado e saudável. Não precisam do cuidado alheio para se desenvolverem, pois possuem extraordinária capacidade de resistência às intempéries (temporais, seca, chuvas torrenciais). Terror dos latifundiários, fazendeiros e demais agricultores que não sabem reconhecer e aproveitar nelas, seu valor verdadeiro.

Língua de vaca
Claro que nem sempre foi assim! Nossos ancestrais mais antigos eram povos coletores que sabiam identificar, coletar e reconhecer a sazonalidade das plantas selvagens, pois dependiam dela como alimento, medicinas, cuidados de higiene, entre outros.

Tá certo que eu não sou povo ancestral, mas sou coletora de plantas não cultivadas, há 7 anos. Convivemos juntas em qualquer ambiente, urbano ou rural!

Aline Chaves na coleta da Embaúba para o Suco de Clorofila
Com o tempo, você aprende o valor desse gesto, ao observar a aprendizagem obtida com estes vegetais, carregados de bioinformações sobre a dinâmica de um planeta vivo interligado por uma sofisticada rede de conexões.

“A clorofila será a proteína imprescindível para  a nova era de luz que se aproxima.  Quando tomada líquida e fresca, ela contém raios de sol sintetizados, mais a corrente elétrica necessária para a revitalização do corpo e abrirá novas áreas no cérebro humano que até agora são desconhecidas.” Dra. Ann Wigmore, 1970

Desse modo, você absorve no seu corpo, sua mente, seu coração... espontaneidade para conduzir sua própria vida.

Quer conhecer as

Plantas Alimentícias Não Convencionais-PANCs?

Sabedoria de capim colonião não se aprende na escola!

Por essa razão, segue uma lista daquelas que podem ser utilizadas para fazer o seu  suco de clorofila:


Nome popular
Nome cientifico
ALMEIRÃO do CAMPO (Fam. Compositae)
Hypochoeris brasiliensis (Less.) Griseb.
AZEDINHA ou trevo (Fam. Oxalidaceae)
Oxalis corniculata L.
Oxalis  corymbosa DC
Oxalis Latifólia Kunth
BELDROEGA (Fam Portulacaceae)
Portulaca oleracea L.
CAPIÇOBA (Compositae)
Erechtites valerianaefolia (Wolf)DC.
CAPIM COLONIÃO (Fam. Gramineae)
Panicum maximum Jacq
CAPIM GORDURA (Fam. Gramineae)
Melinis minutiflora P.Beauv.
CAPUCHINHA (Fam. Tropaeolaceae)
Tropaeolum majus L.
CARURU (Fam.Amaranthaceae).
Amaranthus deflexus L.
Amaranthus hibridus var. paniculatus
Amaranthus hibridus var. patulus
Amaranthus lividus L.
Amaranthus retroflexus L.
Amaranthus viridis L.
CENTELLA (Fam. Umbelliferae)
Centella asiatica (L.) URB
CHICÓRIA do CAMPO (Fam. Compositae)
Hipochoeris radicata L.
DENTE de LEÃO (Fam. Compositae)
Taraxacum officinale Weber
Sonchus asper (L.) Hill
ESPARGUTA (Fam. Caryophillaceae)
Stellaria media (L.) Vill
FOLHA DE ABÓBORA  (Fam. Curcubitaceae)             
Curcubita pepo L.
FOLHA DE BATATA DOCE (Fam. Convolvulaceae)
Ipomoea batatas (L.) Lam
FOLHA DE CANA DE AÇUCAR
Saccharum officinarum L.
FOLHA DE MILHO                       (Fam. Gramineae)
Zea mays L.
FOLHAS DE CHUCHU (Fam. Curcubitaceae)                
Sechium edule (Jacq) Sw
HORTELÃ DE FOLHA GRAÚDA (Fam. Labiatae)
Plectranthus amboinicus
LINGUA de VACA graúda (Fam.Polygonaceae)
Rumex obtusifolius L.
LINGUA de VACA miúda (Fam. Compositae)
Chaptalia nutans (L.) Pol
Chaptalia integérrima (Vell) Burkart
LOSNA (Fam. Compositae)
Artemisia absinthium L.
MÃO DE DEUS,bredo,caruru ou Maria gorda ( Fam. Portulacaceae)
Talinus patens (L.)  Willd.
ORA-PRO-NOBIS (Fam. Cactaceae)
Pereskia aculeata Mill
PICÃO BRANCO (Fam.) Compositae)
Galinasoga quadriradiata Ruiz& Pav.
PICÃO PRETO (Compositae)
Bidens alba (L.)DC
Bidens pilosa L.
QUEBRA PEDRA (Fam. Euphorbiaceae)
Phyllanthus ninuri L.
Phyllanthus tenellus Rxb
RAMI (Fam Urticaceae)
Boehmeria nívea (L.) Gaudion.ch
SERRALHA (Fam. Compositae)
Emilia son chifolia (L.) DC
Sonchus oleraceus L.
TANCHAGEM (Fam. Plantaginaceae
Plantago tomentosa Lam.

*Esta é uma pesquisa desenvolvida ao longo de anos pela vivência de Maria Luiza Branco, idealizadora do Projeto Terrapia.

Alimentação Viva: um outro estilo de viver

Afinal, o que é Alimentação Viva para você?  Para nós, não se trata de um hábito alimentar, muito menos de uma dieta. A Alimentação...

Jovens postagens

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

A Vida vem da Vida!

Com carinho,

Aline Chaves
A moça que planta nas panelas

Licença Creative Commons
Panelas de Capim de Aline Almeida Chaves está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://panelasdecapim.blogspot.com.
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