20 de mai. de 2016

Tomates recheados ao creme de amendoim germinado

Esta postagem fala sobre Harmonia! Sim, culinária que se preza entende disso.

Aí, você arruma daqui e equilibra dali. 
De modo que um lado imita o outro, como se fosse um espelho.


A harmonização exige um certo silêncio. Um roteiro intuitivo celebrado por "um certo alguém" que permitiu ser criativo, ao realizar uma função corriqueira de um jeito completamente diferente.

Isso mesmo! Você poderia misturar tudo em um pote... O tomate, o creme de amendoim, os brotos, as flores de maria gomes, as pétalas de malvavisco, a cenoura fatiada em diagonal, a cebola rôxa em rodelinhas. Transformar-se-ia em mistureba deliciosa... É verdade! 

Todavia, você preferiu exercer o dom da harmonização. Organizar os ingredientes e dar beleza à história, quando for do seu agrado. 

Porque beleza põe a mesa, sim, senhoras e senhores!


E foi, assim, que nasceram os tomates recheados. Com carinho, amor e afeição, de quem tinha tempo para fazer comida devagarzinho... e se aproveitar desse momento único para:

- organizar a comida do lado de fora...
- organizar a pessoa do lado de dentro...

 

Ingredientes:


2 tomates frescos
1 xícara de amendoim germinado no ar (para aprender a germinar, clique aqui)
1 inhame médio descascado e picado em quadradinhos
1 pedacinho de gengibre
orégano à gosto
sal
azeite

Modo de fazer:


O tempero deve ser feito separado. Porque tempero tem a ver com tempo... O tempo de curtir os aromas e paladares para promover uma sinergia incrível. 

O gengibre é cortado em quadradinhos bem pequenos. Assim, dá mais sabor e um charme sensacional ao creme branco bonito. Junte tudo em um potinho de misturas: o azeite, o sal, os quadradinhos de gengibre e o orégano. Deixe estar! Agora, vá fazer o restante da receita. 

Para fazer o creme que servirá como recheio, bata o amendoim e os pedaços de inhames descascados no liquidificador. Não use água! Utilize um pepino ou cenoura como se fosse um socador. O objetivo é auxiliar o liquidificador com um movimento que auxilie a hélice girar... Vá socando os ingredientes dentro do liquidificador ligado até que a mistura se transforme em um creme bem homogêneo.

Com os creme às mãos, junte o tempero.

Corte os tomates ao meio. Retire a polpa e as sementes, cuidadosamente com o auxílio de uma colher. Alimente os tomates com o creme.

HARMONIZE:
Você, os tomates e o prato onde eles serão apresentados.

Se quiser descobrir flores comestíveis para de-coração, aperta o link aqui embaixo:

Senão tiver acesso às flores, então, brinca de cortar legumes coloridos em formatos diferentes.

Vá lá fazer sucesso com a família! rs


Um beijo colorido de girassol,

Aline Chaves
Pesquisadora do Ciclos Alimentares e Alquimista de Vegetais Vivos

Perguntas freqüentes:

1. Por que descascamos algumas sementes germinadas antes de comer?


A casca possui a função de proteger as sementes até que elas germinem. 

Após a germinação das sementes, as cascas perdem a função protetiva e tornam-se um acúmulo de celulose desnecessário ao nosso organismo, que poderá muito bem gastar energia fazendo outras coisas ao invés de digerir esse monte de entulho, não é mesmo?

Joga na compostagem para auxiliar as plantas a crescer!

2. Como descascar amendoim germinado de um jeito mais rápido?

Amendoim

Coloque as sementes em um coador de voal. Estique o coador com as sementes sobre a bancada da pia. Esfregue com um vidro sobre as sementes que estão dentro do coador. O objetivo é quebrar as sementes, não o vidro. 

Encha uma bacia com água. Esfregue bem com as suas duas mãos. Até as cascas começarem a soltar, pouco a pouco. Observe que as cascas soltam com facilidade. 

Para separar as cascas e as sementes, a bacia deve estar cheia de água. Coloque uma peneira em cima de outra bacia para evitar desperdício de água. Agora, aos poucos vá despejando água da bacia com sementes na peneira da bacia vazia. As cascas vão e as sementes ficam. Jogue a água de volta na bacia com sementes e repita o processo até as sementes ficarem limpas. Não é necessário descascar 100% dos amendoins... É só para retirar o excesso de pele!!!!

Quando estiver no ponto, o seu coração vai te dizer, ok?

13 de mai. de 2016

Os ciclos na cruzinha

 
Uma Cruzinha é uma cozinha que não cozinha, nada. Para tanto, orienta-se pelos ciclos da natureza para produzir vida, de forma diferenciada e saborosa.

Qual o segredo do sucesso?

Planejamento para uma Alimentação mais Viva


O planejamento desse laboratório vivo deve ser estruturado de acordo a contagem do tempo, as condições climáticas ou realidade dinâmica das estações.


Legumes bebem água. E você?

Nos ciclos da Cruzinha, você fica mais atento aos frutos de cada época do ano e percebem que os vegetais são tão vivos como você.

Essa dica é simplesmente um prato com pouquíssima água, suficiente para dar de beber a alguns legumes. O prato vai morar na bancada da cozinha. A água será trocada de 2 em 2 dias. Colocar os vegetais para beber água. Revitalizá-los, ao invés de adoecê-los na escuridão fria e calculista da geladeira. Mais bonito! Mais colorido. Mais comunicativo para os olhos. Um verdadeiro arranjo criativo. Assim, sempre saberemos o que existe à disposição para comer ao sol de cada dia.


Lembrando que frutas, tubérculos, alhos e cebolas não gostam desta brincadeira. Ficam sempre no seco...

 Especialmente, os tubérculos e batatas... Moram em um alguidar de areia, a qual eu rego de vez em quando só para ficar geladinho. Nunca alagado, muito menos encharcado.



A vida é cheia de mistérios. Bom mesmo é fazer parte deles!





Observe! Veja como é lindo!!! Integrar-se à natureza por um portal translúcido e irreverente que mora dentro da sua casa: a cruzinha.




Se você permitir, sua cruzinha  pode vir a  tornar-se um ambiente sensível de ligação com a terra e, principalmente, um espaço de transformação. As estações mudam. Tudo muda!

 Já reparou?
Quanto mais frio, aumenta o tempo de cada germinação, interfere na completude do processo de fermentação. Quanto mais quente, reduz o tempo da germinação...


Cada casa, cada ambiente, cada cidade, estado ou país representa um tipo de biorregião ou ecossistema diferente.


No momento em que você percebe isso, amplia o processo de consciência e sai estatisticamente do padrão! Haverá, então, uma relação direta entre os ciclos da natureza e os ciclos da cruzinha. Você começa a vê-la como um lugar de pesquisa, um laboratório. Passará a identificar e perceber os  tempos necessários para que aconteçam os processos naturais de germinação, brotação, fermentação e desidratação.

O fluxo da vida é cíclico e circulante. Não conhece estagnação! Quando há energia humana convivendo e trocando energia no ambiente de vida e harmonia que é a cozinha... cuidado, amor e atenção transformam o mundo!

A Arte de Produzir Vida na Cruzinha




É o que chamamos de produção doméstica de alimentos:
  • germinação no ar: germinação diária.
  • água solarizada e chás de sol: com ervas e flores comestíveis variadas.
  • desidratados: pães, farinhas, bolachas, bolinhos ou massa de empadões, quando expostos ao sol;
  • conservas cruas: cebolas, beringelas, abóboras...
  • óleos vegetais crus: de cenoura, de jurubeba, de urucum, de pimentas...
  • fermentados crus: queijos; legumes prensados e demais receitas que podem demorar dias para ficarem prontas;
  • germinação na água: algumas sementes demoram um tempo considerável para consumo, como côco, amêndoas, nozes, avelãs, castanhas. Outras, porém, são mais rápidas, como a aveia, a cevadinha, a quinoa, bem como as nozes, as amêndoas e as avelãs, sem a casca.
  • brotação no ar ou na terra: deve sempre haver ciclos de germinação de sementes para reposição contínua do brotário e, consequentemente, garantir uma colheita constante. 
O planejamento prévio te organizará para uma produção variada e constante de alimentos. Tudo acontecendo ao mesmo tempo, bem debaixo da ponta do seu nariz!

 E quando sobra?

Na cruzinha nada sobra. Tudo se transforma.

Nada de colocar na geladeira! Assuma o autoconhecimento do seu próprio corpo. Conheça a sua medida e passe a fazer comida do tamanho que você consegue comer.




A cruzinha ensina que comida viva é comida fresca. Portanto, crie novas possibilidades, ao invés de estocar alimento de forma desvitalizada!

Todo excesso se transforma em:
  • brotos (verifique a semente adequada. Algumas são tóxicas para esta finalidade);ou
  • fermentados ou conservas vivas (diferentes opções/tempos de preparo); ou
  • desidratados (diferentes opções/tempos de preparo); ou
  • compostagem (o alimento da terra).  
  •  

O ciclo da terra: compostagem


Observe que os ciclos de transformação da natureza estão presentes na rotina alimentar doméstica.
Portanto, a compostagem é o alimento da terra!!! Uma tecnologia que busca semelhança com o processo natural de decomposição ocorrido nas florestas. Com o tempo necessário e a constante sobreposição das folhas secas, o material orgânico que já cumpriu sua função na natureza volta a ser terra.

Aprenda sobre a criação de variados processos de compostagem urbana nos links:

O ciclo das águas: limpeza doméstica responsável


Com relação aos materiais de limpeza, damos preferência ao sabão de côco, tendo em vista a menor agressividade da sua composição química.

Combinamos seu uso com a bucha vegetal, em substituição à esponja, de fabricação sintética, cujo tempo de decomposição na natureza é bem mais avançado.

Conheça nossas receitas de produtos de limpeza ecológicos na postagem:  


Espero ter colaborado para ampliar a sua conexão com a natureza que existe dentro de você!

Um beijinho do coração,

Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos

Sentada no telhado da menor Cruzinha do mundo. Espaço de Con-vivências das Panelas de Capim. Casimiro de Abreu-RJ
Vale à pena convidar vocês para o primeiro ciclo de oficinas que introduz à organização da cruzinha viva. Será que ocorrerá no último final de semana do mês de julho, aqui na sede das Panelas de Capim.

http://www.panelasdecapim.com/#!oficinas/c15f7


30 e 31/07- As Oficinas da Casa Viva: Organização dos espaços da cruzinha

Ciclo de oficinas para organização dos espaços da cruzinha. Oferecemos variados processos de produção doméstica de alimentos vivos. Desde a organização da desidratação até o planejamento da germinação e brotação das sementes, bem como fermentação de vegetais crus. Imersão na Alimentação Viva. Duração: 1 final de semana, saiba mais...

Inclui hospedagem sem roupa de cama e banho em ecohostel, todas as refeições com Alimentação  Viva e orientação pedagógica.

Informações sobre valores e inscrições: panelasdecapim@gmail.com


PARA SABER QUANDO SERÁ A PRÓXIMA ATIVIDADE, 
visite a agenda das Panelas de Capim:
Clique na imagem acima!

Alimentação Viva: um outro estilo de viver

Afinal, o que é Alimentação Viva para você?  Para nós, não se trata de um hábito alimentar, muito menos de uma dieta. A Alimentação...

Jovens postagens

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

A Vida vem da Vida!

Com carinho,

Aline Chaves
A moça que planta nas panelas

Licença Creative Commons
Panelas de Capim de Aline Almeida Chaves está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://panelasdecapim.blogspot.com.
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