28 de fev. de 2014

Os Pastéis de São José!

Comer alimentos vivos é comer vida!

Vida pode estar dentro de um afeto, por exemplo. Uma vontade que só dá em gente. Sabe como é, né?

Pode até ser Panelas de Capim... Mas, quem pensa que a gente só come mato... se engana!!! E muuuuiiito!

Olha como são fofos os Pastéis de São José: 

Por que o nome Pastéis de São José? Porque este é o Santo dos Trabalhadores...

Fazer pastel dá trabalho, né? 

Mais do que trabalho... dá serviço! Lindo serviço de fazer pastéis ao sol. Uma massa linda de sementes germinadas misturada com farinha de outras sementes germinadas!

A massa é tão perfeita que possui a liga necessária para criar: pastéis, esfirras, croquetes, bolinhos de chuva... Quem dá o formato e escolhe o recheio são vocês. Divirtam-se com sua capacidade criativa!!! 


Então, lá vamos nós!!!!!!!


Quer aprender esta receita linda de pastel?

https://www.panelasdecapim.com.br/apostilasvivas



Coloque o recheio e feche. Leve ao sol! Em 1 hora, estão prontos seus pastéis de São José!

Não tem sol? 


Use o forno do seu fogão, deixando-o entreaberto e  no mínimo. Lembre-se: a temperatura ideal é aquela não machuca suas mãos e, desse modo, não machucará sua comida também.





Vida viva é assim! Quando dá vontade de inventar, a gente inventa!

Com carinho,

Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e Alquimista de vegetais vivos

21 de fev. de 2014

Danoninho de Goiaba


Olá Galera!!!


Agora, chegou a vez das goiabas! Os nossos araçás-guaçus.... Ah! Esses frutos nativos das Américas têm pra mim muito gosto de infância.

Havia duas goiabeiras lindas no quintal da minha avó Neide. Ainda me lembro do meu avô, Seu Paulo, subindo nas árvores para me dar goiabas de presente (saudades).


Um dia desses, fiz umas misturas e apareceu um danoninho de goiaba. Quer saber como ficou?

Muito booooooooommmmmmmmmmmmmmm

Esta receita tem rejuvelac nos ingredientes, que é uma fermentação produzida a partir de cereais germinados (para aprender como fazer, clique aqui). O legal do rejuvelac é que ele dá um ar de iogurte ao creme de goiaba e fica igualzinho ao danado do danoninho... aqui ele vale por um beijinho rs


Liquidifica-AMOR em movimento de rotação em espiral!!!!!

Como fazer chantillys, danoninho, leites e iogurtes vegetais?




Bate tudo e bate bem... que vai deixar qualquer danoninho no chinelo!!!




Pode acreditar...

Com carinho e paz de espírito,

Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos

14 de fev. de 2014

Fazendo as pazes com o Arroz!

Durante o período de caminhada com o Alimento Vivo... Simplesmente deixei de comer arroz!

Por quê?

O arroz é uma semente com enorme concentração de amido. Desse modo, mesmo após germinada continua muito dura (assim como o milho). Já fiz diversas experiências com arroz germinado e a única que deu certo foi a farinha de arroz... Secava a semente germinada, batia no liquidificador e fazia a farinha.

Tá certo! Nada é permanente nesta vida, né? Consegui a fórmula para o arroz germinado amaciar... e fiz um risoto maravilhoso!!!

Lembre-se que arroz só germina se for integral e não estiver muito velho, momento em que perde o potencial germinativo!!!!! Você vai ter que experimentar para descobrir um bom lote de arroz  ainda com vida!

Arroz com cevadinha germinados ao molho de tomate seco

Germinação do arroz


Dia 1 - manhã: Colocar o arroz integral (melhor é o agulhinha) em um vidro coberto com filó e elástico. Deixar as sementes de molho na água por 30 horas.

Dia 2 - manhã: Escorrer a água do vidro. Lavar bem as sementes e colocar para respirar em um ângulo de 90° no escorredor de pratos.

Dia 3 - noite: Escorrer a água do vidro. Lavar bem as sementes e colocar para respirar novamente.

Dia 4 - manhã: Escorrer a água do vidro. Lavar bem as sementes e colocar para escorrer. Observe se a semente germinou... Em caso negativo, continue a experiência no ar até o narizinho aparecer.

Arroz germinado: 30 horas na água e 24 a 36 horas no ar.

Caraca! Que trabalheira esse tal de arroz... Mas, são experiências muito interessantes. Bom, no lugar do arroz, você também pode fazer o risoto com qualquer cereal germinado: quinoa, aveia, cevadinha, trigo ou centeio em grão... 

Receita do Risoto: arroz germinado com cevadinha



Ingredientes:

1 xícara de arroz germinado no ar
1 xícara de cevadinha germinada na água
100g de tomate seco hidratado por 20 minutos na água
2 tomates frescos
ervas cheirosas
1/2 limão
azeite
sal

Modo de fazer:


Reúna em um recipiente: as ervas do seu gosto (eu usei alho poró e salsinha), o limão, sal e azeite. Deixe separado. 

Bata a metade dos tomates secos re-hidratados com tomates frescos no liquidificador. Não use água.

Em uma panela de barro, junte o restante dos tomates secos re-hidratados picadinhos e as sementes germinadas. A escolha da cevadinha é porque é um cereal muito macio, misturada ao arroz fica bem legal. Até porque são macios, texturas, diferentes. Se não tiver cevadinha, serve aveia germinada nas águas.

Comece a AMORnar com as mãos dentro da panela (esta é a melhor forma de controlar a temperatura do fogo da vida. Até 43° graus seu corpo suporta e sua comida continua com vitalidade).

Quando estiver morninho, acrescente os demais ingredientes para temperar... Está pronto!

Sirva com uma salada bem multicolorida!!!!!!!!

7 de fev. de 2014

Por todas as nossas relações!!!

Mitakuye Oyasin
Por todas as nossas relações
(Nação Índígena Lakota)

A física clássica plantou o materialismo como verdade. Desde então, nossas relações adquiriram o tom da superficialidade.

Se todo o dom da vida se resume à matéria, felicidade restringe-se à aparência externa das coisas.

Ao ostentar êxtases de alegria e realização no conforto sedentário de uma vida sem motivo... Perdemos a capacidade de nos emocionar com a essência dos acontecimentos diários. 

E, frise-se: essência não é uma nova marca de perfume!
vontade de ver estrelas; comer fruta madura bem devagarzinho; acordar de madrugada para receber o sol de manhã... Reparou que a vida te sorri a cada instante de presença?

Emoção, palavra que vem do latim movere e quer dizer mover-se para o outro. Aquele que não se se emociona, não se move para fora e passa a esconder suas emoções na intimidade do corpo, a comprimir sua expressividade na rigidez dos músculos, na falta de criatividade e na dificuldade de se relacionar.

Quem não presta atenção na vida como ela é... torna-se incapaz de valorizar o que tem à disposição. Perde a capacidade de perceber o que de fato é real. Não se emociona.

Por que estamos dizendo isso tudo? 

Matamos nossos sonhos porque não aprendemos a ser criativos. Não sabemos nos relacionar com ambientes, quiçá desvendaremos sua vocação. Não criamos para viver... porque não sabemos ser simples. 

A finalidade do lucro excessivo compra muitas coisas... Porém, tornou-se inconsequente esmagadora dos sonhos, da inocência, da liberdade e da expressão autêntica!

Compramos a felicidade, perdemos nossa saúde e ficamos alienados em relação aos ambientes em que vivemos.

A maior parte das pessoas vive relações de consumo. Além de objetos, também consumimos pessoas, comida, animais, plantas. Nos apropriamos dos outros com uma situação de vantagem porque estamos pagando por isso.

Hoje, muitas relações se resumem na prestação de serviços diversos (alimentação, moradia, ensino, trabalho, lazer, turismo e até mesmo a cura).

O mercantilismo da vida moderna torna pessoas invisíveis:

Você se lembra do rosto do último assessorista de elevador?

Conhece o carteiro que entrega suas correspondências?

Lembra de quem sentou ao seu lado no ônibus?

Mudemos de história! Façamos com o coração 

Ofertar nossa função ao planeta é realizar nosso trabalho de maneira digna, viver o estado de presença confiante na sabedoria divina e ser consciente do valor de cada um...

Buscar a troca de energias nas relações é melhor do que consumir os outros ou deixar que sejamos consumidos por todos.


Alimentação Viva: despertar para outras relações

Despertamos para a simplicidade como estilo de viver, pois passamos a selecionar as relações que queremos para as nossas vidas! Quanto menos necessidades nós temos, com mais intensidade vivemos!

Queremos mostrar que nos fortalecemos quando estamos conscientes de todas as nossas relações!!!!! As relações que temos com as energias vivas que brotam em todo canto...


Relacionar-se com as forças da natureza nos conecta à fontes interligadas de vida em expansão.

As forças da vida eterna emitem a vibrações de amor e gratidão... e acordam nossa essência original. Elas nos alimentam, engrandecem a paz interior, nos fazem crescer e ser autênticos.

Para nós, esta é a função da Alimentação Viva! Ensinar que alimento também é uma forma de relação...

A Alimentação Viva sugere uma mudança de padrão, uma forma de viver de novo aqui e agora... nesta mesma história!

Nossos alimentos não são objetos! 

O nosso alimento é sagrado, pois nosso alimento é a própria vida em expansão.

Nosso alimento é ser amoroso com os outros...

É manter contato com os elementos da natureza: AR, ÁGUA, SOL, TERRA; é ter responsabilidade pela própria vida; é ser música em silêncio; é alegrar o corpo com os frutos da terra: a semente que germina, brota... e se refaz; na raiz que emana a força da terra fértil; ou no fruto que a sabedoria vegetal suspendeu no ar para conhecer a luz do sol.


Nos alimentamos das relações que temos com a vida!

Somente teremos profundidade quando dedicarmos nosso tempo precioso para refletir sobre como estamos vivendo separados de nossa origem cósmica. Enquanto isso não acontecer, continuaremos com os discursos rasos que não ouvem corações e com a fala vazia de quem não tem ousadia.

Ao assumir a postura de dar o primeiro passo, esbarraremos em muita gente que ainda confunde simplicidade com pobreza, escolha de vida com radicalismo, mudança de padrão com isolamento.

Não aprender o que a vida ensina... Isso sim é sinal de pobreza!  Precisamos correr o risco de praticar o que falamos. Partir para a muda-dança... e fazer tudo o que temos vontade sincera.

Na mediocridade de uma vida sem sentido, sem sonho e sem poesia, o pior é ter razão.
Ter razão é esquecer de ser feliz e 
de deixar que os outros sejam felizes...


Cada um no seu tempo, ao seu modo, do seu jeito... na grande colcha de retalhos que chamamos de  Biodiversidade (a grande diversidade da vida).

Definitivamente, tudo o que nós precisamos é aprender a nos motivar pelo AMOR.

Com carinho,

Aline Chaves e as Panelas de Capim

ORAÇÃO DOS ÍNDIOS HOPI

“Vocês andaram dizendo às pessoas que esta é a Décima Primeira Hora.
Agora vocês precisam voltar e dizer a essas pessoas que a Hora é agora.

E que há coisas a serem consideradas:
Onde vocês estão morando?
O que vocês estão fazendo?
Quais são os seus relacionamentos?
Vocês estão em boas relações?
Onde está a água de vocês?

Conheçam o seu quintal.
É o momento de falarem a sua Verdade.
Formem as suas comunidades.
Sejam bons uns com os outros.
E não procurem fora de vocês pelo líder.
Este poderia ser um tempo muito bom!

Há um rio que agora está correndo muito rápido.
Ele é tão grande e ágil que chegará a assustar alguns.
Esses vão tentar ficar na margem,
e se sentirão como que deixamos de lado, e vão sofrer muito.
Saibam, o rio tem o seu destino.
Os anciãos dizem que precisamos deixar a margem,
saltar para o meio do rio,
manter os olhos bem abertos e as cabeças acima da água.

Veja quem está lá dentro com vocês e celebrem.
Neste momento da história, não devemos fazer nada sozinhos,
no mínimo entre nós mesmos.
Quando fazemos, nosso crescimento e jornada espiritual tem uma parada.
O tempo do lobo solitário acabou. Reúnam-se!

Abandonem a palavra esforço, conflito, da sua atitude e do seu vocabulário.

Tudo o que fizermos agora, precisa ser feito de uma maneira sagrada
e em celebração.

Nós somos aqueles que nós mesmos estávamos esperando”.

Alimentação Viva: um outro estilo de viver

Afinal, o que é Alimentação Viva para você?  Para nós, não se trata de um hábito alimentar, muito menos de uma dieta. A Alimentação...

Jovens postagens

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

A Vida vem da Vida!

Com carinho,

Aline Chaves
A moça que planta nas panelas

Licença Creative Commons
Panelas de Capim de Aline Almeida Chaves está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://panelasdecapim.blogspot.com.
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O que tem dentro das Panelas de Capim?