26 de jun. de 2016

Culinária Viva e Crua (raw food): princípios e diferenças

Culinária Viva e Crudivorismo Vegano são coisas diferentes. Pode ser que você ainda não tenha prestado atenção nisso. Dedicamos esta postagem para esclarecer essa distinção!

Pizza viva com sementes de trigo germinadas - desidratação solar

Orientações e princípios: Culinária Viva  e Crudivorismo Vegano


É chato restringir o mundo à certas classificações...

Porém, quando o fazemos, podemos ver além para ler nas entrelinhas. Só assim, conseguiremos perceber as pessoas e as suas respectivas escolhas de vida.Quando o fazemos, é mais fácil direcionar o caminho para a transformação,

Agora, vou te contar uma coisa! A aproximação entre preferências de dietas e escolhas alimentares existe...

E como diz a minha vó: “tem gente pra tudo.”

  • Onívoro (come tudo)
  • Vegetariano (come vegetais e derivados)
  • Vegano (come apenas vegetais)
  • Crudívoro (come apenas vegetais crus)
  • Culinária Viva (come energia vital)

Resumindo! Culinária Viva e Crudivorismo Vegano são duas propostas bem diferentes, cada qual orientada por princípios distintos.


Agora, preste atenção aos detalhes que fazem toda a diferença:

Culinária Viva (living food)

  • Culinária Viva é orientada pela VITALIDADE, a Energia Vital presente nos vegetais. Dispensa uso de cozimento, congelamento e alimentos envelhecidos. 
É uma alimentação biogênica. Portanto, em todas as refeições, além dos vegetais crus, estão presentes também as sementes germinadas e os brotos. Se não tem uma ou outra, não há culinária viva! 

CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS VIVOS, de acordo com a VITALIDADE:

-alimentos biogênicos: sementes germinadas e brotos (aumentam a vida que existe em nós).
-alimentos bioativos: vegetais crus in natura, fermentados ou desidratados à temperatura de 43º (mantém a vida que existe em nós).

Principais características:
  • Ingredientes de origem vegetal.
  • É indispensável a presença dos alimentos biogênicos em sua culinária. 
  • Critério de seleção dos alimentos in natura (mais próximos da natureza possíveis), o que exclui o uso de aditivos sintéticos e conservantes.
  • Evita-se o uso abusivo da geladeira como, por exemplo, para estocar comida velha, guardar a refeição passada e, principalmente, o congelamento de qualquer vegetal, com vistas a preservar-lhe os campos de energia sutil.

  Crudivorismo Vegano (raw food)

  • O Crudivorismo Vegano é orientado apenas pelo NÃO COZIMENTO dos vegetais. Admite o congelamento dos alimentos.
É uma alimentação bioativa. Portanto, basta a presença de vegetais crus, desidratados ou congelados para criar a culinária crua. As sementes germinadas e os brotos são elementos dispensáveis.

CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS CRUS, de acordo com a VITALIDADE:

-alimentos bioativos: vegetais crus in natura, fermentados ou desidratados à temperatura de 43º (mantém a vida que existe em nós).
-alimentos bioestáticos: vegetais crus in natura submetidos ao resfriamento excessivo (comida congelada). (reduzem a vida que existe em nós)

Principais características:

  • Ingredientes de origem vegetal. 
  • É dispensável a presença dos alimentos biogênicos. Muitas vezes, as sementes são apenas hidratadas, não completando o processo de germinação.
  • O uso da geladeira como utensílio doméstico necessário e imprescindível, inclusive, para viabilizar o estoque e o congelamento de alimentos.

 

Alimentação Bioenergética: os campos de organização da energia sutil (biocampos)


Há anos, venho me orientando pela pesquisa publicada por uma equipe suíça de especialistas em pedagogia da saúde. Essa pesquisa inspirou o trabalho de Maria Luiza Branco, idealizadora e antiga coordenadora do Projeto Terrapia - Alimentação Viva na Promoção da Saúde e Ambiente.



Quem já leu o livro Dr. Soleil, Você sabe se Alimentar? publicado no Brasil pela editora TAPs (Temas Atuais na Promoção da Saúde). Ele ensina que nos alimentamos com o corpo todo, porque fundamentalmente alimentamos os nossos campos energéticos com as energias vivas que estão na natureza.


A Culinária Viva é baseada na Energia Vital presentes especialmente em sementes germinadas e brotos (vegetais no início do processo de crescimento e expansão da vida).

Portanto, alimento vivo é aquele que preserva, dentro de si, a Energia da Vida (vitalidade), representada por campos de organização de energia sutis, nas sementes germinadas, brotos, vegetais crus: in natura, fermentados ou desidratados. Estes biocampos vegetais se desintegram quando submetidos ao cozimento e ao resfriamento excessivos.

Para a Culinária Viva, o aquecimento excessivo e o congelamento em baixas temperaturas, além de desorganizar os campos sutis das frutas, também desequilibram a temperatura interna do corpo saudável.

Ética ou estética? Seja o seu coração...


Culinária Viva e Crudivorismo Vegano são padrões absolutamente diferentes!
O que muda é a orientação interna!!!

A Culinária Viva segue uma orientação que preserva campos de energia vital. Ela prima pelo equilíbrio da vida para ampliar a força vital em nós. A comida é apenas o canal de comunicação. Somos alimentados e nutridos pela energia vital contida na semente germinadas, brotos e vegetais crus. Essa vida é o que nos fortalece.

Na culinária viva, acreditamos nos alimentamos muito além da matéria. Não temos mais necessidades nutricionais. Transcendemos os padrões da Física Clássica que orientaram as escolas tradicionais de nutrição.


No alimento crudivegano, não há energia vital. Ele SOMENTE NÃO FOI COZIDO. Não faz diferença se tem uma semente germinada, ou não... As sementes germinadas são o grande segredo.



Então, refletindo sobre esta conversa toda, porque há uma diferença entre

mudança de dieta alimentar e revitalização de estilo de vida...


Para mim, Culinária Viva sempre foi sinônimo de energia, vitalidade, saúde, força, autonomia, abundância, estilo de vida ecológico e coerência entre o que pensa, fala e pratica. Por isso, tem muito mais a ver com mudança de estilo de vida e reflexão do que padrão de consumo. 
É muito mais do que uma simples escolha alimentar! É re-descobrir que nos alimentamos com o corpo todo. É utilizar todo esse aprendizado como farol a iluminar novas escolhas e condutas de vida... A simplicidade!

Estes valores são reais. Transcendem estética culinária e dispensam a oportunidade quantitativa de receitas e afetos sensoriais desconectados do caminho de promoção da vida. E mais, dispensam a preocupação em absorver os tais dos nutrientes bioquímicos...

Estamos no padrão quântico de troca de energia. Medimos nossa saúde pela alegria, pela felicidade, pela força física, disposição, pelo prazer de viver. Não por números, nem tabelas nutricionais.

 Se ficamos tristes ou com fome... É porque não deu certo e temos que descobrir onde erramos.


Agora, verdade seja dita: independente de qualquer escolha alimentar, siga o caminho do seu coração!

Com carinho,

Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos

7 comentários :

  1. Como faço para adquirir a receita da empadinha?

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    Respostas
    1. Oi!

      A receita da empadinha e outras bênçãos amorosas da nossa culinária viva estarão presentes na próxima apostila viva das Panelas de Capim!

      Nível 3 - Manual de Alimentação Viva das Panelas de Capim-Parte II: A Culinária da Luz

      Em breve!

      beijos

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  2. Gostaria de rever uma matéria sua sobre flores comestível, eu tinha, mas, perdi

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    Respostas
    1. Olá, Nilza!

      Fico feliz que goste do que compartilhamos!

      Olha ela aqui:

      http://panelasdecapim.blogspot.com/2013/04/maravilhoso-mundo-das-flores-comestiveis.html

      beijos

      Excluir
  3. Gostaria de entender, como fez o arroz e as empadinhas? Em algum momento foram cozidos certo? Me explique por gentileza. Fiquei confusa...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Gleice!

      É tudo cru, sim! rs

      Embolei você, né? rs Então, deixa eu te explicar melhor.

      Na Culinária Viva, temos uma ampla liberdade de investigação em quatro contextos diferentes: germinação, brotação, fermentação e desidratação.

      A partir destas 4 possibilidades, temos uma poderosa capacidade de transformação dos vegetais crus, sementes germinadas e brotos.

      Quem orienta essa investigação culinária é a nossa memória afetiva (afeto na comida que alimenta a alma da gente). Tem ainda a possibilidade de marinar ou amornar... que dá outras chances de lapidação do paladar e das texturas.

      É uma pesquisa, sabe? Trocamos a Era do Fogo pela Água... para proceder à transformação dos alimentos.

      No meu caso, a memória afetiva que inspira: é a comida com cara de família. Almoço de domingo e datas comer-orativas.

      Então, é natural que eu "batize" alguns pratos com "nomes populares", porque foi a minha memória afetiva quem criou.

      Então, tá!

      O arroz sem forno... É pura brincadeira! Não tem arroz nenhum. É aveia germinada amornada com molho de tomate que a gente mesmo cria. Depois estica numa travessa, leva para o sol e chama de arroz sem forno. Só porque lembra um pouquinho a comida da família.

      As empadinhas! É desidratação de sementes germinadas. Pura alquimia. Você morde e a danada esfarela e desmancha na boca. Igualzinho! rs

      Bem, espero ter esclarecido!

      Um beijo e agradecida pela pergunta! É bom porque faz a gente refletir sobre todas essas coisas (ainda tão incomuns neste Planeta)... rsrs

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  4. Oi Aline!
    Estou com dificuldade para descobrir como comer feijão e outras leguminosas sem cozinhar e sem germinar. Há como?
    E quanto à sua toxicidade? Li alguns avisos sobre alguns tipos de feijão não poderem ser comidos crus, mas como falavam o mesmo da ervilha, fiquei na dúvida.
    Obrigada!
    Adorei o blog!!

    ResponderExcluir

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

A Vida vem da Vida!

Com carinho,

Aline Chaves
A moça que planta nas panelas

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Baseado no trabalho disponível em http://panelasdecapim.blogspot.com.
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