20 de mar. de 2015

Re-construindo uma cultura de abundância...

"Estamos alimentando um sistema que nos persuade a gastar um dinheiro que não temos, em coisas que não necessitamos e criar impressões que não duram nas pessoas que não nos importam."
(Emile H. Gauvreay)

Agora mesmo, a abundância está manifestada como princípio fundamental para organização natural da vida e das energias que movimentam o Universo.

Queremos devolver essa sensação de completude às nossas histórias!! Filhos da natureza plena e exuberante, devemos resgatar esta herança ancestral para aprender a conduzir o sentido de abundância e estado de presença em nossas vidas!!!

Sim, devemos presenciar a vida que estamos levando... Sair do automático para a plenitude da abundância: libertar-se dos medos, das culpas e das sensações de insegurança que não deixam ir em frente!

Invente! Acorde seus dons. Exerça criatividade!

Um bom motivo para inspirar-se nos princípios da abundância é dedicar-se a algum tipo de atividade que te permita ser livre:

alimentação viva, habilidades artísticas, caminhadas na natureza, radiestesia, práticas de autocuidado, jardinagem, música, literatura etc.

A prática de atividades que acordam o coração fazem lembrar tua humanidade.

Alertamos para o poder interno que habita dentro de qualquer ser humano, a representar um dom, uma capacidade natural de aprendizado, de experimentação, uma capacidade para viver em plenitude com a abundância que a vida oferece.

A melhor forma de viver é experimentar como viver...

 


A cultura automática implantada por este modelo de sociedade (desde o momento em que nascemos) fecha nossos olhos para a capacidade de experimentação.

Ao invés de experimentar, sentir, saborear, absorver, construir... queremos consumir objetos feitos pelos outros e reduzir nossa capacidade de conhecimento ao pensamento vindo de fora.

  * Esquema inspirado em ilustração extraída do livro Consciência e Abundância, de Paulo Roberto da Silva.

 

Por que isso acontece?


 
Quando delegamos o nosso poder inato às convenções sociais, persuasões publicitárias e organizações corporativas, deixamos de acreditar em nós mesmos e passamos a confiar somente na realidade que nos é externa.

Não bastasse, estamos impregnados de uma visão fragmentada que nos afasta da sensação de Unidade com o Todo. Passamos a enxergar a realidade pela lente embaçada de especialistas, eleitos os “donos da verdade” sobre como viver...

É neste contexto que o paradigma da separação explica o mundo, a sociedade e o corpo humano pela simples soma de suas partes. Assim, para cada saber, prática ou ação, existe um tipo de conhecimento específico a ser consultado e utilizado. 

O sentimento de Unidade com o Todo abundante deixa de fazer sentido. Desse modo, tornamo-nos dependentes desta forma dualista de obter conhecimento.

Alienados do Todo, dedicamos nossas vidas para nos identificar com um determinado tipo de trabalho, muitas vezes sem qualquer tipo de significado para nós. Somos conduzidos a ser mais especialistas no Planeta.

A alienação produz inconsciência e dela surgem mais necessidades...

Se delegamos nosso poder pessoal e alienamos toda a capacidade interna de discernimento e autoconsciência... para dar valor ao que está do lado de fora, ficamos vazios por dentro.

Tornamo-nos, então, seres de necessidades que “precisamos das coisas e das outras pessoas” para sermos completos. Deixamos de ser responsáveis pela própria vida, porque esquecemos de ser simples e tornamo-nos ausentes da nossa própria história!

Isso acontece quando esvaziamos para as possibilidades infinitas de experimentar a integralidade do conhecimento, em diversos aspectos...

Esquecer da simplicidade é entorpecer-se por necessidades! 
É acreditar que viver deixou de ser interessante:
não experimenta, compra pronto! 

Quem deixa de ser simples, complica a própria vida! Não aprende com as diversidades, muito menos surpreende-se com as descobertas improváveis. Passa a dedicar-se à órbita dos prazeres imediatos e dos acontecimentos previsíveis proporcionados por sensações de necessidades e acúmulos.

Como diz a minha avó:
Morreu e esqueceu de deitar! rs

Vivemos em meio às prisões ideológicas e manipulações econômicas características de uma sociedade de massas. No meio deste vendaval, será uma grande virtude discernir o que, de fato, felicita sua alma e te permite caminhar sereno.

Com o tempo, descobrimos que a sensação verdadeira de bem-estar não tem nada a ver com excesso de consumo e acumulação de recursos...

Por uma verdadeira cultura de abundância


Um exemplo de cultura de abundância é quando você associa seu trabalho com atividades que te fazem feliz e, de algum modo, beneficiam outras pessoas. 
 
Ações, baseadas no princípio de abundância, ultrapassam o entendimento individualista, competitivo e alienante.


Metas para re-construção da abundância interna


(a) buscar mais "ser" ao invés de "ter";
(b) possuir apenas o suficiente;
(c) partilhar os excedentes;
(d) não limitar-se ao dinheiro como única moeda existente (trocas de saberes, fazeres e de objetos, voluntariado, construção coletiva, participação em atividades comunitárias);
(e) dedicar tempo para fazer o que tem vontade;
(f) possuir tempo para despertar interesse em aprender coisas novas;
(g) possuir tempo para si mesmo e viver seu próprio auto-cuidado;
(h) obter aprendizado na convivência com os semelhantes e os diferentes;
(i) confundir trabalho com lazer;
(j) não permitir tornar-se escravo da própria vida;
(l) valorizar a simplicidade;
(m) realizar sonhos.

A questão é exercer seu autoconhecimento ao ponto de despertar-te para aquilo que realmente alegra o âmago do seu ser. Desenvolver autonomia para realizar o que realmente faz sentido. Desenhar um estilo de vida que te alimenta com um propósito.

Quando você descobre a si mesmo, passa se dedicar com mestria para realizar sua função neste planeta. Desse modo, é muito mais fácil estar consciente e viver de acordo com a real-idade do presente.

Associar trabalho com alegria é uma dádiva que o tempo confunde, afinal, se trabalhamos ou nos divertimos...

O caminho para a abundância começa dentro de nós. Ele orienta para sermos responsáveis por nós mesmos, viver com autonomia e liberdade para realizar o que amamos de verdade!

Com reflexão para a abundância,

Aline Chaves
Educadora para Sustentabilidade


Para quem busca um trabalho com significado e um estilo de vida com propósito, recomendamos uma visita ao site da parceira Lella Sá: www.lellasa.com

Um comentário :

  1. Olá Aline*

    Grata pela tua partilha de sabedoria* Reconheço-me, reconheço-te!* <3 : )

    Acabei de conhecer o teu blog e facebook e amei* <3

    Um abraço de Sol e Mar* Luísa*

    ResponderExcluir

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

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