Na agricultura intuitiva e na culinária viva, nossas atividades estão pautadas em mudanças de ciclos e estações.
Somos orientados pelos ritmos da natureza. Vivemos conectados ao fluxo da vida, de forma permanente e contínua. Um belo começo para a prática da Agricultura Intuitiva.
Dia após dia, germinamos, brotamos, organizamos espaços de produção de vida. Plantamos, conversamos com jardins, interagimos com outras formas de vida. Re-conectamos com nossas ancestralidades mais antigas, com nossa força de ligação ao sagrado gesto do viver com plenitude de unidade e estado de presença. Isso é despertar intuições para a Rede de Energias Vivas!
Quando nos relacionamos de forma íntima com a serenidade do Reino Vegetal, nos tornamos mais conscientes da interdependência e interdimensionalidade que regem a Rede de Energias Vivas, na qual estamos conectados.
Saímos dos automatismos da vida urbana-consumista-tecnológica para conseguir respirar e sentir a presença do Anjo da Paz em nosso Ser.
Organizamos nossa casa como se fosse um laboratório vivo, onde ações são estruturadas de acordo com as condições de tempo e disponibilidade das estações. Sistematizamos nossas prioridades em nome da produção variada de alimentos com vitalidade.
Alimentamos nossos afetos, nossa alma, nossa casa, nosso jardim. Alimentamos nossa vida!
Agricultura Intuitiva: sistemas de produção de VIDA ensinam sobre o tempo...
Há tempo para tudo: época de plantio, tempo de produção das mudas, tempo de desenvolvimento da planta, tempo de colheita, tempo para colher, tempo para produzir sementes, a fim de garantir o ciclo da vida vegetal e promover a autosuficiência do sistema.
Basicamente, o tempo é organizado para compor diferentes sistemas para produção de vida:
1. Germinação de sementes. Ciclos de 24 horas (mínimo). Colheita na pia da cruzinha;
2. Brotário. Ciclos de 1 semana (mínimo). Colheita na varanda de casa;
3. Horta-Jardim (ou Jardim Comestível) Ciclos de 2 a 5 meses (mínimo). Colheita no quintal de casa.
4. Agrofloresta. Ciclos de 4 meses a 10 anos (mínimo). Colheita na roça.
Cada um tem seu encanto, seu ciclo e seu canto, de acordo com suas diferenças e cuidados característicos... Parece até a gente!
Observada como um ambiente de transformação, a cru-zinha (cozinha que não cozinha nada) é o maestro que organiza este estilo de vida.
A Agrofloresta e a Horta-Jardim se complementam com a germinação, a brotação, a culinária intuitiva, a fermentação e a desidratação, bem como com a compostagem direta dos resíduos orgânicos.
A Agrofloresta e a Horta-Jardim se complementam com a germinação, a brotação, a culinária intuitiva, a fermentação e a desidratação, bem como com a compostagem direta dos resíduos orgânicos.
Consideramos todas estas atividades como reflexos dos ciclos geradores de equilíbrio na natureza, as quais surgem para afastar a ilusão humana de isolamento em relação a estes.
Alimentando o solo da Horta-Jardim com o manejo das bananeiras |
Alimentação Viva e investigação da culinária intuitiva
A confiança na natureza nos encoraja a envolver nossa dedicação à experimentação contínua do auto-cuidado, culinária viva, música, escrita, plantios e atividades de campo.
Conseguimos ser mais criativos, criar novas habilidades, expressar nossos dons... quando ouvimos o som do coração.
O estado de consciência da nossa conexão na grande Teia da Vida nos torna silenciosos e humildes.
Desse modo, tornamos mais fácil nosso acesso às informações presentes nesta Teia Interligada de Vida, imprimindo-as em nossas relações através da força e determinação que adquirimos.
Com o tempo, aceitamos que podemos cuidar da nossa própria vida... sem precisar ser especialista em coisa nenhuma. Confiar na natureza é ir em frente sem ter medo de errar.
A inserção em um ambiente de atenção e experimentação contribui para inteira vivência do momento presente. Assim, nos interessamos somente pelo aquilo QUE É. Assim nos conhecemos e conhecemos o ambiente em que vivemos. Nos transformamos em pessoas integradas capazes, portanto, de ver a Vida como um Todo.
Quando re-descobrimos quem somos, transformamos hábitos de vida
No caminho da Alimentação Viva...
Apresentamos, assim, uma sensibilização para a transformação de hábitos culturais, de modo que esta "conscientização" abra caminhos para:
(a) sentimento de inter-conexão e respeito por todas as formas de vida, inclusive a vida dos microorganismos que compõem os ecossistemas humanos, o que pode contribuir para a redução do uso de alimentos desvitalizados e produtos de higiene pessoal de origem sintética;
(b) redução de consumo, reaproveitamento, reutilização e reciclagem de materiais;
(c) redução de gastos alimentares;
(d) redução da dependência externa para consumo de alimentos e da quantidade de lixo produzida por alimentos sintéticos, industrializados e embalados;
(e) atividades de lazer ao ar livre, diminuída a geração de resíduos e o gasto excessivo de energia elétrica;
(f) um novo olhar sobre o uso da água como veículo de transformação e de informação vital;
(g) dispensa do uso de descartáveis e objetos de plástico e demais materiais desnecessários;
(h) reflexão sobre a qualidade do uso de materiais de limpeza doméstica e higiene pessoal, utensílios, objetos pessoais, inclusive de vestuário. Preferências por aqueles confeccionados com materiais de composição atóxica e inofensiva ao ambiente e à qualidade de vida;
(i) reduzida a necessidade do uso de medicamentos químicos e consequente eliminação desses resíduos tóxicos na natureza;
(j) adoção de uma vida simples.
A escolha da Alimentação Viva como um estilo de viver me permite vivenciar práticas favorecedoras das relações de cuidado com o corpo, com a mente, com o ambiente e com os outros seres vivos.
Dando boas gargalhadas na Feira Orgânica do Flamengo-RJ com a Zezé Natureza Todas as terças: estamos na Praça José de Alencar: Circuito Carioca de Feiras Orgânicas |
Contribui-se, assim, para o rompimento da ilusão de linearidade que transforma nossas vidas em uma distração mecânica, superficial e descomprometida com a realidade.
Com carinho,
Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos
Com carinho,
Aline Chaves
Pesquisadora dos ciclos alimentares e alquimista de vegetais vivos
Aline, faço minhas essas suas palavras. Muito Verdadeiro ! A vida que vc escolheu e a forma que a vive, é a mais real que eu já pude conhecer.
ResponderExcluirAbraços
rosemary