15 de jul. de 2013

Corporeidade na Era da LUZ: o milagre da alimentação viva



Vivenciamos o processo de anulação dos sentidos e saberes corporais.

Comemos sem fome! 

Não conhecemos mais os sabores verdadeiros! Nos contentamos com a propaganda publicitária, com o prazer imediato ou com a necessidade de cumprir um horário.

Quebramos” e “consertamos” sob o auxilio de especialistas, os quais entendem somente das peças da máquina a ser reparada. Nos alimentamos de objetos sintéticos, sob o crivo incontestável das indústrias alimentícias e farmacêuticas.

Silenciamos o corpo pelos remédios e o imobilizamos pelo automóvel, elevador, escada rolante, controle remoto, sofá, salas de aula de centros educacionais, computador, escritório... Adoecemos o corpo por ignorância de não sentir o chamado da vida!

Já se perguntou porque estamos agindo dessa forma?

A negação do corpo pelo pensamento cartesiano


Desde o século XVI, quando filósofo e matemático René Descartes trouxe à tona uma visão mecânica e reducionista de mundo, o corpo e a natureza estão sendo explorados e reduzidos à concepção de objetos.

A civilização ocidental contemporânea ainda interpreta o corpo nos parâmetros cartesianos-mecanicistas, portanto, dentro do contexto ilógico que cria a tal sensação de separação da natureza.

Chamamos atenção para o fato da corporeidade ser silenciada em sociedades onde vigora o predomínio da mente humana.

A mente? A mente, sim, mente e muito... rs 

Completamente ignorante de uma realidade mutável e transformadora, torna-nos teleguiados pela sensação de separação do fenômeno da vida.  

A mente do homem moderno, tecnológico e imóvel, é capaz de irradiar uma chuva de enormes problemas e necessidades futuras. Pensamentos incessantes, silêncio inexistente e uma ansiedade  provocadora capaz de intoxicar qualquer corpo saudável.

Com a função do corpo esquecida pelos confortos do sistema urbano-industrial, chamamos atenção para o cuidado de vê-lo como realmente é: 


O corpo é um sistema vivo integral e inter-conectado à grande Teia da Vida.


Para a teoria dos sistemas vivos, todos os seres vivos em equilíbrio são, ao mesmo tempo, auto-organizadores de si próprios e interdependentes entre si na grande cadeia de relações que se estende por todo o Cosmos.

Por este ângulo de visão, o corpo é uma chave interconectada que nunca se esqueceu de onde veio. Recebe bioinformações de todos os seres vivos e ambientes onde se relaciona. Nunca esteve desconectado do grande milagre da Vida. Muito pelo contrário, ELE É o próprio milagre! 

Nascemos, crescemos, vivemos, pulsamos, nos alimentamos, adormecemos, adoecemos, nos regeneramos, morremos. O corpo age em silêncio incessante. Calado e persistente, por vezes demora  uma vida inteira reagindo e nos advertindo, na tentativa de re-conectar nossos hábitos de vida aos princípios da grande Teia da Vida.


Tudo que seu corpo quer é re-conectar-se 
com as energias vivas da natureza imensa e pacífica que nos rege... 

Nos alimentamos com o corpo todo! Desde os ambientes que escolhemos para trabalhar e viver momentos de lazer, até a comida que escolhemos comer.

Um corpo alegre se alimenta de vida! Não adoece jamais... Acreditem!!!

O milagre da vida afeta nosso corpo como um TODO: 
físico, mental, espiritual e emocional



Posso afirmar, pela minha experiência pessoal, que os sete anos de caminhada com a alimentação viva mudaram tudo na minha vida, especialmente minha relação com o corpo.

Hoje, tenho muito mais energia e concentração nas minhas tarefas. Sinto-me mais disposta ao trabalho físico e às atividades externas. Não me lembro a última vez que fiquei doente. Não tenho resfriado há mais de 4 anos. Tudo o que eu tenho é uma imensa vontade de viver em paz e com alegria.

Como resultado da silenciosa mudança corporal, passei a refletir sobre a importância de ouvir o corpo, por senti-lo como uma linda oportunidade de fazer transparecer o milagre da vida que torna a existência possível neste planeta. 

Passei a perceber o corpo como minha principal conexão com as forças da natureza que existem e se movimentam dentro de nós. Nesse momento, sentimos com mais facilidade os campos vibratórios, tornamo-nos mais sensíveis à percepções de ambientes, pessoas e alimentos. 

A intimidade com o corpo tornou-se um passaporte para que eu pudesse re-descobrir a beleza e a profundidade nas coisas mais simples da vida. Transformei-me em uma pessoa mais autêntica, que vive a vida com intensidade e se prende menos aos detalhes que vêm do lado de fora.

O corpo são é um bálsamo que torna o espírito sereno e a mente silenciosa. Uma delicada flor que abre suas pétalas para a espiritualidade e exala o doce perfume da humildade no gesto de compreender a si mesmo.

O milagre da Alimentação Viva: a Era da LUZ


No paradigma quântico da nutrição vital, seres humanos abandonam a categoria de “seres de necessidades” quando os alimentos deixam de ser quantificados por tabelas nutricionais.

Se a vida é uma força dinâmica que nos alimenta, mudar a maneira de pensar permite ampliar os conceitos de alimentação...

O corpo vivo interage, sente, fala e se relaciona com o ambiente onde inserido. Falta-nos apenas entender o chamado do nosso corpo para o equilíbrio vital. Esse chamado também é por alimentos vivos!!!


Biofísicos da atualidade consideram que todos os seres vivos possuem campos de energia. Ocorre que, apenas nos vegetais estes campos conseguem armazenar a energia produzida pela fotossíntese. No biocampo vegetal, essa energia é codificada em fótons (luz) pela “ligação energética carbono-hidrogênio” com os raios solares.

Quando nos alimentamos de vegetais crus, sintetizamos esta luz para absorvê-la e armazená-la em nossos próprios campos de energia. 


A troca de informação só é possível quando os vegetais não foram submetidos ao fogo, nem ao resfriamento que destroem o biocampo e eliminam a vitalidade. A culinária viva, desse modo, surge como uma prática associada à Alimentação Viva.


É nesta relação entre corpo-alimento-ambiente que presenciamos a transformação da vida.

O alimento é o elo de ligação que funciona como mediador da conexão humana com sua matriz original: a terra.

O alimento vivo é, na verdade, um grande interlocutor entre corpo (ecossistema interno) e ambiente (ecossistema externo), pois desenvolve em nós a capacidade de presenciar e vivenciar o milagre da vida.

No final das contas, o corpo agradece!

Com carinho,

Aline Chaves
Pesquisadora dos Ciclos Alimentares e Alquimista de Vegetais Vivos

4 comentários :

  1. Olá Aline
    Tive contato com o seu blog atraves do facebook, estou adorando suas publicações e tenho refletido muito sobre o vegetarianismo com alimentos crus. Eu sou vegetariana a 5 anos mas minha alimentação é a base de cozidos, leites, ovos e pouca coisa crus. Mas percebo no dia a dia que estou lenta, ficando cada vez mais passiva, preguiçosa. Observei em umas de suas publicaçoes que o alimento cru desperta os sentidos, e isso esta me motivando a incluir cada vez mais em minha alimentação os alimentos crus. Me tire uma duvida,quando se alimenta de alimentos crus tem que ser somente cru o tempo todo? sempre comer alimentos crus em todas as refeições? Porque pra mim o mais dificil seria ficar sem comer o arroz integral com o feijão que são alimentos cozidos.
    Voce esta de parabens pelo blog e pela opçao de vida que tem.
    Namaste!!
    Rosemeire Pires

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    Respostas
    1. Olá Rosemeire!!!

      Que bom que estas Panelas estão servindo de inspiração para você...

      Sobre a utilização dos alimentos crus, a melhor dica é deixar sua liberdade correr no rio da vida...

      Tá certo que os alimentos crus tem mais cor, mais sabor, mais vitalidade!!! São alcalinos e renovam todo o nosso histórico alimentar (inclusive alterando o nosso paladar)!!!

      Mas, não tem nada mais importante do que sua liberdade de escolha!!! Permita-se!!! Chamamos isso de metodologia da realidade!

      Portanto, vá adicionando os vegetais crus na sua alimentação, conforme seus próprios instintos. Observe-se! Verá com o tempo (e uma boa dose de sensibilidade nos temperos e ervas frescas, rs) que eles estarão mais presentes do que imagina.

      E tem mais, quem abre caminhos para a alimentação viva são as sementes germinadas...
      http://panelasdecapim.blogspot.com.br/2013/04/vamos-germinar.html

      Abuse delas... e Boa sorte!

      Com carinho,

      Aline Chaves



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  2. Postagem linda... Leio várias postagens aqui por causa do face e só hoje vi que tem o mesmo nome que eu.

    Parabéns!
    ;*

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Olá!

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Desde maio de 2017, não publico mais no Blog Panelas de Capim! Criei um novo espaço virtual para compartilhar minhas melhores inspirações...

Deixo aqui este blog como espaço de memória e referência. Aqui mora um pequeno resumo dos muitos anos dedicados à pesquisa, onde usei (aliás, ainda uso) o meu próprio corpo como experimento.


O conteúdo deste blog é, portanto, ofertado a todos aqueles que desejam aprimorar-se nas práticas da Alimentação Viva e inspirar-se no estilo de vida ecológico.

Peço gentilmente que não utilizem as nossas publicações para fins comerciais. Só porque não vale à pena promover-se financeiramente às custas do esforço e criatividade alheios.

A Vida vem da Vida!

Com carinho,

Aline Chaves
A moça que planta nas panelas

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Baseado no trabalho disponível em http://panelasdecapim.blogspot.com.
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